sábado, 18 de setembro de 2010

Comida.

Era um época na qual os piratas. Batalhas incessantes contra a marinha. O controle do mundo era decidido nos mares, se você queria dinheiro, você tinha um navio ou derivado. Porem nem tudo no mar era voltado para batalhas. Essa narração começa num 'navio restaurante', que tinha como objetivo alimentar os viajantes que não pisavam em solo firme a muito tempo, e com certeza era uma grande idéia para ganhar dinheiro, pois todos apreciavam a chance de comer algo de qualidade durante uma grande viagem. E esse navio era um restaurante cinco estrelas.
Meu personagem principal é um jovem garoto aprendiz de cozinheiro. Seu maior sonho era encontrar uma parte do oceano, onde existiam todas as espécies de peixes, com essa variedade infinita ele se tornaria o melhor chefe dos sete mares. Esse local era um mito, todos zombavam do jovem sonhador por isso.
Os cozinheiros tinha o habito de comer os restos do restaurante, eles acreditavam ser um grande desperdício jogar fora comida de qualidade que deu tanto trabalho para ser preparada. E o jovem achava isso repugnante, comer o resto de outras pessoas era algo para mendigos mortos de fome, e afirmava que nunca faria tal humilhante ato. E jogava tudo que encontrava no lixo.
Um dia um perigoso pirata invadiu o restaurante. O chefe dos cozinheiros perguntou quase chorando de medo: 'o que o senhor quer do meu navio?' e o capitão pirata respondeu sem ao menos piscar: 'tudo'. Os piratas renderam todos sem grande esforço, e fizeram alguns grandes sacos, alguns com ouro e outros poucos com comida. O jovem garoto sabia que cedo ou tarde os piratas matariam ele e todos seus amigos, então decidiu lutar. Pegou duas facas na cozinha e tentou matar o capitão pirata, que com apenas dois chutes deixou o menino sem qualquer chance de levantar e lutar novamente.
Uma forte tempestade começa. Fortes ondas atingem o navio restaurante destruindo tudo, por sorte o capitão pirata conseguiu uma parte do navio para se abrigar enquanto os navios afundavam, e com ele conseguiu dois grandes sacos. Porem ele conseguiu outra coisa, o jovem garoto que também estaria salvo de afundar com seus companheiros,
Um tempo passa e o jovem acorda em uma ilha deserta. Um pedaço de terra no meio do oceano, que era dividido em duas partes, totalmente sem oportunidade de fugir. Unica maneira seria com ajuda de outro navio.
O jovem ficou sem reação, perdido sozinho em uma ilha deserta com um perigoso capitão pirata. Tinha perdido tudo, seus amigos e navio afundaram, só lhe restava seu grande inimigo e dois grandes sacos. A ilha não possui vegetação, era apenas uma rocha. Unica forma de se alimentar era com o que tinha nos sacos.
O Capitão deu um pequeno saco para o jovem e disse: 'vá para o outro lado da ilha e espere até algum navio passar, se tivermos sorte poderemos ser salvos.' e guardou outro saco maior para si.
Um em cada parte da ilha, esperando por ajuda. O jovem foi, sabendo que se conseguisse ajuda não iria avisar o capitão do outro lado da ilha e iria sozinho.
O jovem fez bom uso da comida, comeu o mínimo possível. No saco tinha comida suficiente para cinco dias comendo normalmente, mas o objetivo era durar vinte dias. E para beber só tinha a agua da chuva que ficava parada no chão. No vigésimo quinto dia só lhe restava um pedaço de pão totalmente dominado por fungos, foi ai que ele lembrou da comida que jogava fora no restaurante, de como zombava de seus companheiros que comiam o lixo. E agora estava comendo algo muito mais estragado do que eles comiam. Após setenta dias esperando, varios quilos perdidos, ele estava delirando, não conseguia raciocinar direito. Decidiu então atacar o velho capitão, acreditava que ele ainda teria um pouco de comida. Pegou uma faca e atravessou a ilha com o objetivo de roubar qualquer comida que sobrasse do gigante saco que o velho guardara para si. Chegou por trás, o capitão estava sentado de costas, não tirava os olhos do mar. E para a surpresa do jovem o saco ainda estava fechado, cheio. Sem pensar duas vezes com sua faca rasgou o saco, com agua na boca. Foi então que seu coração parou. O saco estava cheio de ouro, nem um grão de comida.
O velho capitão tinha comido sua própria perna. Não poderia comer as jóias, único alimento seria seu próprio corpo.

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